
Um levantamento conduzido pela Secretaria Municipal da Fazenda de Apucarana (PR) aponta que a arrecadação do ICMS deve crescer cerca de 10% em 2026, com projeção de repasses passando de R$ 81,3 milhões para R$ 89,2 milhões — quase R$ 8 milhões a mais em relação a 2025.
A auditoria foi realizada para confirmar se o Estado estava contabilizando corretamente todas as notas fiscais emitidas. De acordo com o secretário da Fazenda, Rogério Ribeiro, esse trabalho antes era feito por uma consultoria contratada em gestões anteriores, que cobrava R$ 9 mil por mês. Após a dispensa da empresa, uma equipe técnica do município assumiu o “pente-fino” nas notas de 2024 e 2025, considerando que o índice de participação dos municípios é calculado com base nos dois anos anteriores.
Conforme explica Ribeiro, a prefeitura optou por não renovar com a consultoria e priorizar a qualificação da equipe de fiscalização tributária, que analisou individualmente cada nota emitida para contestar e corrigir os dados referentes a 2024.
Como resultado dessa revisão, houve melhora no valor adicionado e ampliação de 2,4% no índice IPM, que deve saltar de 0,006398 (2025) para 0,006549 (2025). Essa variação representa quase R$ 8 milhões extras em ICMS no próximo ano. Além disso, o município deve subir da 24ª para a 23ª posição no ranking estadual, embora os números ainda sejam preliminares e possam sofrer ajustes caso outros municípios apresentem contestações.
Para o índice de 2027, a Secretaria da Fazenda espera desempenho ainda superior, impulsionado pela reforma do código tributário e por ações direcionadas ao fortalecimento do ambiente de negócios. Entre essas iniciativas estão programas de capacitação de mão de obra, melhorias na infraestrutura produtiva e investimentos nos parques industriais. No setor rural, a ampliação da estrutura da Secretaria de Agricultura e o fortalecimento do programa Feira Verde também devem contribuir para resultados mais robustos.
O prefeito Rodolfo Mota acrescenta que fatores ambientais devem impulsionar ainda mais a arrecadação após a regularização dos parques Ubatuba-Dourados e Jaboti. Segundo ele, não há explicação para o fato de essas áreas não terem sido formalizadas anteriormente, já que sempre existiram como parques.