
Greve do transporte público de Maringá chega ao fim após conciliação entre sindicato e empresas
A greve dos trabalhadores do transporte público de Maringá foi encerrada na noite desta sexta-feira (11), após uma audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). O acordo foi firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) e as empresas Cidade Canção e Cidade Verde. Veja os detalhes abaixo.
A paralisação teve início na madrugada de quinta-feira (10), afetando 100% das linhas de ônibus da cidade. Com o acordo, os coletivos começaram a circular novamente, e o retorno será gradual, conforme motoristas e cobradores retomem seus postos.
A audiência foi conduzida pela desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão. Entre as principais reivindicações da categoria estavam a inclusão de plano de saúde e a redução do intervalo intrajornada — período de descanso durante a jornada de trabalho.
Segundo o acordo firmado, o seguro-saúde será implementado a partir de janeiro de 2026. Além disso, as empresas terão 30 dias para apresentar um estudo sobre o impacto da redução do intervalo de quatro para três horas.
A Prefeitura de Maringá também deverá participar das discussões, junto com as empresas e os trabalhadores, para avaliar a viabilidade da mudança até janeiro de 2026.
Ficou definido ainda que as horas paradas durante a greve serão compensadas com uma hora extra de trabalho por dia a partir da próxima semana.
Em etapas anteriores da mediação, já havia sido acordado um reajuste salarial de 6% e o aumento do vale-alimentação para R$ 700.
O novo acordo coletivo deverá ser apresentado ao TRT no prazo de 15 dias.
Em nota, o Sinttromar afirmou que as reivindicações da categoria foram atendidas. O presidente do sindicato, Ronaldo da Silva, declarou que “o sofrimento foi conjunto, mas o resultado compensou”.
Já o prefeito Silvio Barros (PP) afirmou, também em nota, que a prefeitura seguirá empenhada no diálogo, buscando qualidade no serviço e equilíbrio nas contas públicas.
“Sempre deixamos claro que valorizamos os trabalhadores, mas precisamos saber o impacto real de cada medida para garantir que os compromissos sejam cumpridos sem prejuízo à cidade. O dinheiro é público e precisa ser usado com responsabilidade”, afirmou o prefeito .